Do Telex ao E-Mail, da Máquina de Escrever ao Computador - A Evolução

O que seria atualmente de um jornalista que fosse perito em 'Telex', mas não soubesse mandar um E-Mail? O que seria de um jornalista que fosse mestre na digitação em Máquina de Escrever, mas não soubesse salvar seus arquivos digitados em um Computador? Com certeza, emprego ele não teria.

Claro que o Jornalismo se faz com talento humano, é fator primordial. Mas negar a importância e a influência da tecnologia é negar a evolução do Jornalismo com o passar do tempo. É dizer que o Jornalimo está estagnado nas redações do início do século passado, quiçá retrasado, como vemos na foto a seguir, uma redação apenas com Máquinas de Escrever.

A adaptação às novas tecnologias é de suma importância para o Jornalismo. As novas formas de trabalhar se fazem presentes desde simples reportagens em jornais de bairro até coberturas de guerras.

Por exemplo: Imagens, fator importantíssimo no Jornalismo desde sempre, são registradas de forma cada vez melhor e mais nítidas. A evolução está aí, na qualidade. Isso conquista o público, conquista o respeito. Parar no tempo significa abandonar a condição principal do Jornalista - informar sempre com qualidade.

Quem está de fora, que quer ver esse respeito, essa evolução, para se sentir tentado a seguir os veículos de comunicação, pode até não enxergar a dificuldade de usar a tecnologia a favor. Não são apenas simples cliques, são diversos aparatos que unidos fornecerão o que todos querem.

Veremos mais adiante o uso do celular, da internet, cada ponto da tecnologia de forma mais aprofundada. Essa introdução à tecnologia no serviço do Jornalismo é para dar a ideia de como ela é útil, e de como tudo muda.

E como muda, veremos a seguir no trecho dito pelo jornalista Joel Silveira, com mais de 60 anos de profissão, no livro 'Repórteres', da Editora Senac, organizado por Audálio Dantas. Joel conta sobre sua visita a uma redação, após um bom tempo sem frequentar esse ambiente pelo qual passou diariamente durante anos.

"O que primeiro me surpreendeu foi o quase silêncio ali imperante, só perturbado por um tilintar mais agudo, o estrindular de campainhas para mim inlocalizáveis, ou pelo dialogar curto e sussurrante entre um jornalista e outro. (...) Pus-me a recordar as redações antigas de tanto jornal e tanta revista por onde havia passado. E me vieram à lembrança todos os componentes daquele mundo caótico: o teclar incessante e nervoso das máquinas de escrever, a chegada de repórteres suados, as piadas grosseiras, o cafezinho sempre excessivamente açucarado e morno, a intromissão de populares com reclamações e apelos - e lá, entronizado numa espécie de estrado, como um maestro tentando conduzir uma orquestra de malucos em que cada músico tocava seu instrumento na hora em que lhe convinha -, o pobre e aflito secretário de redação."

Tudo ficou mais dinâmico, mais rápido. Mas o trabalho segue árduo. Afinal, fazer História não á para qualquer um.