Profissionais do Jornalismo, formados ou não, e que cumprem suas tarefas de jornalistas, vão atrás de fatos que sejam notícias e não apenas fatos. Tem como principal dever cumprir com a verdade e transmiti-la ao leitor/ ouvinte. Mas, é uma pena que não são todos os que cumprem com esse dever, e isso remete a um termo usado para relacionar a imprensa ao modo político de enxergar o mundo: o “Quarto Poder”.
A imprensa brasileira pode considerar-se sortuda. Não é em qualquer lugar que se pode tomar partido de um grupo político, defendê-lo e atacar seu opositor. Aliás, não que se possa defender que seja exatamente ético, mas acontece de qualquer maneira. Países como Cuba, China e Coréia do Norte vivem outra realidade, a censura (que existe aqui, sim) lá é legalizada.
No livro “A Tirania da Comunicação”, Ignacio Ramonet cita (e questiona, dentro da definição de Montesquieu de poderes tradicionais – judiciário, executivo, legislativo) o chamado “Quarto Poder”. É como se a imprensa estivesse acima ainda mesmo do poder Executivo, e que seria pelas informações passadas pelos meios de comunicação que a sociedade julgaria o que é certo e o que é errado. Mas, após a comparação da visão de um jornalista com a de um herói, muitos perderam a confiança que tinham nos meios de comunicação, justamente por conta de interesses políticos e necessidades econômicas. O rádio e a TV contam com inúmeras propagandas de publicidade até mesmo dentro de seus programas e a regra não foge para o impresso e a internet, que tem em suas páginas uma quantidade enorme de anúncios.
Ainda segundo Ignacio Ramonet, o jornalismo impresso é o que está mais propício a julgamentos. O fato de poder ser lido e relido quantas vezes o leitor desejar, de ser publicado no dia seguinte ao acontecimento das notícias, é o que faz com que o jornal impresso seja tão julgado. Porém, para evitar que um julgamento mal feito seja realizado, nada mais fácil que publicar aquilo que de fato ocorreu, sem tomar partido algum. Também é citado que o Rádio é o veículo que possui maior confiança na relação ouvinte – imprensa. Porém, se podemos guardar o jornal para reler e conferir a notícia, por que o rádio – no qual só ouvimos uma vez – teria tal confiança?
E sobre a censura, citada no começo deste texto? Ramonet diz que existem duas: a censura escancarada e a invisível. A escancara já exemplificamos, Cuba, China, por exemplo. E a invisível? Não ocorre aqui no Brasil? Todos os jornalistas tem liberdade total para com seus textos? Obviamente não, mas isso é escondido dentro das redações.
Claro que os jornalistas não querem perder seus empregos e por isso acabam – em sua grande maioria contra sua vontade - tomando partido em suas publicações, isso se deve ao fato da famosa linha editorial. O ponto mais polêmico do Jornalismo.
Base do texto: RAMONET, Ignacio (2007), "A Tirania da Comunicação", Editora Vozes, 4° Edição.
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