segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dissertando com base no livro "A Tirania da Comunicação"

Profissionais do Jornalismo, formados ou não, e que cumprem suas tarefas de jornalistas, vão atrás de fatos que sejam notícias e não apenas fatos. Tem como principal dever cumprir com a verdade e transmiti-la ao leitor/ ouvinte. Mas, é uma pena que não são todos os que cumprem com esse dever, e isso remete a um termo usado para relacionar a imprensa ao modo político de enxergar o mundo: o “Quarto Poder”.
A imprensa brasileira pode considerar-se sortuda. Não é em qualquer lugar que se pode tomar partido de um grupo político, defendê-lo e atacar seu opositor. Aliás, não que se possa defender que seja exatamente ético, mas acontece de qualquer maneira. Países como Cuba, China e Coréia do Norte vivem outra realidade, a censura (que existe aqui, sim) lá é legalizada.

No livro “A Tirania da Comunicação”, Ignacio Ramonet cita (e questiona, dentro da definição de Montesquieu de poderes tradicionais – judiciário, executivo, legislativo) o chamado “Quarto Poder”. É como se a imprensa estivesse acima ainda mesmo do poder Executivo, e que seria pelas informações passadas pelos meios de comunicação que a sociedade julgaria o que é certo e o que é errado. Mas, após a comparação da visão de um jornalista com a de um herói, muitos perderam a confiança que tinham nos meios de comunicação, justamente por conta de interesses políticos e necessidades econômicas. O rádio e a TV contam com inúmeras propagandas de publicidade até mesmo dentro de seus programas e a regra não foge para o impresso e a internet, que tem em suas páginas uma quantidade enorme de anúncios.
Ainda segundo Ignacio Ramonet, o jornalismo impresso é o que está mais propício a julgamentos. O fato de poder ser lido e relido quantas vezes o leitor desejar, de ser publicado no dia seguinte ao acontecimento das notícias, é o que faz com que o jornal impresso seja tão julgado. Porém, para evitar que um julgamento mal feito seja realizado, nada mais fácil que publicar aquilo que de fato ocorreu, sem tomar partido algum. Também é citado que o Rádio é o veículo que possui maior confiança na relação ouvinte – imprensa. Porém, se podemos guardar o jornal para reler e conferir a notícia, por que o rádio – no qual só ouvimos uma vez – teria tal confiança?
E sobre a censura, citada no começo deste texto? Ramonet diz que existem duas: a censura escancarada e a invisível. A escancara já exemplificamos, Cuba, China, por exemplo. E a invisível? Não ocorre aqui no Brasil? Todos os jornalistas tem liberdade total para com seus textos? Obviamente não, mas isso é escondido dentro das redações.
Claro que os jornalistas não querem perder seus empregos e por isso acabam – em sua grande maioria contra sua vontade - tomando partido em suas publicações, isso se deve ao fato da famosa linha editorial. O ponto mais polêmico do Jornalismo.

Base do texto: RAMONET, Ignacio (2007), "A Tirania da Comunicação", Editora Vozes, 4° Edição.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sexta de Serviço - de 06 a 12 de junho

Estréia nacional no cinema, teatro em São Bernardo, e a tradicional Previsão do Tempo. Essa é a Sexta de Serviço dessa semana!


'A Mulher Invisível' estréia nos cinemas

A comédia romântica que conta a história de Pedro, um "romântico incurável", chega aos cinemas nesta semana.
No elenco, Selton Mello, Luana Piovani, Vladimir Brichta e Maria Manoella são os destaques. A direção é de Cláudio Torres.
Duração: 1h45min. A classificação é 14 anos.


'O Auto da Compadecida' é encenado em São Bernardo

Baseado no peça de Ariano Suassuna, o espetáculo conta a história de Chicó e João Grilo, dois nordestinos que trabalham em uma padaria e são discriminados por serem pobres. O espetáculo acontecerá no Teatro Elis Regina, localizado na Avenida João Firmino, 900. As entradas custam R$24,00 (meia: R$12,00). Mais informações no site /www.saobernardo.sp.gov.br.


Previsão do Tempo para São Bernardo do Campo - 06 a 12 de junho

Sábado: mínima de 15°C, máxima de 21°C. Tempo nublado, sem chuvas.
Domingo: mínima de 16°C, máxima de 20°C. Tempo nublado, com aberturas de sol.
Segunda: mínima de 15°C, máxima de 22°C. Sol o dia todo.
Terça: mínima de 16°C, máxima de 22°C. Sol, com pancadas de chuva isoladas.
Quarta: mínima de 16°C, máxima de 22°C. Sol, com pancadas de chuva isoladas.
Quinta: mínima de 17°C, máxima de 21°C. Chuva o dia todo.
Sexta: mínima de 17°c, máxima de 21°C. Chuva o dia todo.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Exemplo de uso do 'Ethos' no Jornalismo

Nós, como alunos de Jornalismo, temos que saber usar tudo o que apredemos nas diversas aulas e matérias, de forma interligada. Aqui, usaremos como base a nossa aula de Discurso Jornalístico, dentro da proposta do blog, que tem como pontos principais as aulas de Tecnologia, História e Gêneros Jornalísticos.
O Ethos traz o lado, muitas vezes 'escondido' por subjetividade, que o texto defende na escrita. É a análise do discurso. No Jornalismo de Idéia, já debatemos isso em posts anteriores, como no que falamos sobre a Revista Veja.
A análise de textos de comunicação é dividida em 3 partes - Enunciado (marca verbal de um acontecimento), Enunciação (processo cujo produto é o enunciado) e Enunciador (assunto). Também analisamos a interação entre Autor (quem escreve), Interlocutor (quem recebe) e Tópico (o texto em si).
Mikhail Bakhtin é a origem da Concepção Dialógica da Linguagem, a partir de sua proposta de criação de uma poética sociológica.
Para exemplificar, um texto de Felipe Noronha, no qual ele analisa as diferenças de Discurso - Ethos em matérias de jornais e revistas na semana após o Primeiro Turno da eleição presidencial de 2006. Foram analisados os seguintes veículo: Carta Capital, O Estado de São Paulo, Agora, Folha de São Paulo e Jornal da Tarde.

No dia primeiro de outubro de 2006, ocorreu a eleição para Presidente da República. Contra todas as pesquisas divulgadas no dia anterior, Lula não venceu no primeiro turno, ficando com 48,61% dos votos válidos.
A partir do posicionamento sócio-histórico de 5 veículos de comunicação, veremos o uso da entonação, na escrita, para influenciar o público, os interlocutores, nas manchetes do dia seguinta à eleição.
A Folha de SP citava as vitórias do PSDB em SP e MG, junto da notícia do segundo turno presidencial. A entoação dada à vitória do PSDB pode levar o público a ganhar força sobre um lado partidário, sendo mais fácil essa interpretação no enunciado. Assim como no Estado de SP e no Jornal da Tarde, que seguem posicionamento de direita. "O povo quer 2° turno", manchete do JT, se funde com a imagem de Alckmin de braços abertos em comemoração na capa do Estado de SP, além da imagem de Lula perdido entre microfones. O interlocutor logo associa a imagem de glória para um lado, e o enunciado proposto pelo jornal é compreendido facilmente.
No lado da esquerda vemos a Carta Capital, revista que em sua capa destacou a baixa votação de Lula em SP. de um modo geral, já que seu público é bem selecionado, logo o interlocutor entende que no resto do Brasil Lula obeteve vantagem (em 21 Estados no 2° turno). A entonação é discreta, porém bem feita. E discreta é a entonação do Agora, que primou por polidez no ennciado ao interlocutor.
Cada veículo usa seu poder de influência sobre seu interlocutor. A interação entre autor, interlocutor e tópico é perfeita no sentido de que cada veículo tem seu público fiel.